Inteligência também se ensina
Nesses poucos meses trabalhando como Coordenadora no Programa Ensino Integral uma das aulas mais interessantes que acompanhei foram as aulas diversificadas que promovem o Protagonismo. Percebo a participação com interesse dos alunos, e, quando eu estava me preparando para montar essa página me lembrei de um estudo muito interessante do livro Ensinando Inteligência - Manual de Instruções do Cérebro de seu Aluno do Profº PierLuigi.
Onde ele explica que podemos dividir o ciclo de aquisição de conhecimento em três fases:
1. Entender
2. Apreender
3. Fixar
Ele explica que cada uma delas é executada em um momento diferente, que durante a aula o aluno passa ou deveria passar pela fase do entender e que nesse momento é que ele deveria ser motivado, questionado, estimulado, que esse é o momento da descoberta e, principalmente da conexão do conhecimento prévio com o novo.
Nesse momento o aluno não está estudando, está assistindo a aula;
Que ele não está aprendendo, está entendendo.
Então ele continua dizendo que receber na aula uma peça solta, sem que o restante esteja lá, destrói qualquer tentativa de entendimento. O que nos leva a refletir sobre o por quê da importância do levantamento dos conhecimentos prévios do aluno.
Complementa dizendo que o aluno deveria estudar quando estivesse sozinho, que a aula deve ser planejada de forma inteligente e ter uma tarefa a ser executada, que nesse envolvimento com a tarefa, ele estará preparando os caminhos para transformar "informação" em "conhecimento" e não apenas aquisição de memórias.
Qualquer aula que não tenha a execução de uma tarefa inteligente no mesmo dia, é uma aula fadada ao esquecimento.
Ele explica que o ciclo de aprendizagem é circadiano, inicia-se e encerra-se em 24 horas, portanto, o que se aprendeu na aula durante o dia, aquelas redes neurais que foram envolvidas na aula e principalmente na execução da tarefa passarão por uma alteração, essa é a fase da fixação e do ciclo entender-apreender-fixar, não dormimos para descansar, dormimos para reestruturar nossas redes sinápticas, afirma o autor.
O ritmo adequado de estudo é: Estudar pouco, mas todos os dias.
Desse estudo me ocorreram várias indagações:
- Estamos fazendo o levantamento do conhecimento prévio dos nossos alunos?
- As aulas estão sendo preparadas de forma que possibilite aos nossos alunos o entendimento?
- As tarefas inteligentes possibilitam a apreensão dos conhecimentos, para que durante o sono esse conhecimento possa se fixar?
O livro é fantástico e muito útil para aqueles que tem como missão garantir a aprendizagem. O saber daquilo que se passa no cérebro de nossos alunos é um grande aliado na hora de planejarmos nossas aulas. Pense nisso ;)

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PIAZZI, Pierluigi. Ensinando Inteligência.manual de instruções do cérebro, 2ª ed. Ed. São Paulo 2014.